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Antonio Barreto
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Cordel que deixou Rede
Globo e Pedro Bial indignados
Antonio Barreto nasceu nas caatingas do
sertão baiano, Santa Bárbara/Bahia-Brasil. Professor, poeta e cordelista. Amante da
cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao
Planeta Azul para evoluir espiritualmente. Graduado em Letras Vernáculas e pós
graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira. Seu terceiro livro de poemas, Flores de
Umburana, foi publicado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da
Bahia. Vários trabalhos em jornais, revistas e
antologias, tendo publicado aproximadamente 100 folhetos de cordel abordando
temas ligados à Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de
vários títulos ainda inéditos. Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas, xotes e baiões.
Entre estes, transcrevo ipsis litteris o cordel que segue.
BIG BROTHER BRASIL UM
PROGRAMA IMBECIL Autor: Antonio
Barreto, Cordelista natural de
Santa Bárbara-BA, residente em Salvador. Curtir o Pedro Bial E sentir tanta
alegria É sinal de que você O mau-gosto aprecia Dá valor ao que é
banal É preguiçoso mental E adora baixaria. Há muito
tempo não vejo Um programa tão 'fuleiro' Produzido pela Globo Visando
Ibope e dinheiro Que além de alienar Vai por certo atrofiar A mente do
brasileiro. Me refiro ao brasileiro Que está em
formação E precisa evoluir Através da Educação Mas se torna um
refém Iletrado, 'zé-ninguém' Um escravo da ilusão. Em
frente à televisão Longe da realidade Onde a bobagem fervilha Não
sabendo essa gente Desprovida e inocente Desta enorme
'armadilha'. Cuidado, Pedro Bial Chega de
esculhambação Respeite o trabalhador Dessa sofrida Nação Deixe de
chamar de heróis Essas girls e esses boys Que têm cara de bundão.
O seu pai e a sua
mãe, Querido Pedro Bial, São verdadeiros heróis E merecem nosso
aval Pois tiveram que lutar Pra manter e te educar Com esforço
especial. Muitos já se sentem mal Com seu discurso
vazio. Pessoas inteligentes Se enchem de calafrio Porque quando você
fala A sua palavra é bala A ferir o nosso brio. Um
país como Brasil Carente de educação Precisa de gente grande Para dar
boa lição Mas você na rede Globo Faz esse papel de bobo Enganando a
Nação. Respeite, Pedro Bienal Nosso povo
brasileiro Que acorda de madrugada E trabalha o dia inteiro Da muito
duro, anda rouco Paga impostos, ganha pouco: Povo HERÓI, povo
guerreiro. Enquanto a sociedade Neste momento atual Se
preocupa com a crise Econômica e social Você precisa entender Que
queremos aprender Algo sério - não banal. Esse programa
da Globo Vem nos mostrar sem engano Que tudo que ali ocorre Parece um
zoológico humano Onde impera a esperteza A malandragem, a baixeza: Um
cenário sub-humano. A moral e a inteligência Não são mais
valorizadas. Os "heróis" protagonizam Um mundo de palhaçadas Sem
critério e sem ética Em que vaidade e estética São muito mais que
louvadas. Não
se vê força poética Nem projeto educativo. Um mar de vulgaridade Já
tornou-se imperativo. O que se vê realmente É um programa
deprimente Sem nenhum objetivo. Talvez haja
objetivo "professor", Pedro Bial O que vocês tão querendo É injetar o
banal Deseducando o Brasil Nesse Big Brother vil De lavagem
cerebral. Isso é um desserviço Mal exemplo à
juventude Que precisa de esperança Educação e atitude Porém a mediocridade Unida à
banalidade Faz com que ninguém estude.
É grande o
constrangimento De pessoas confinadas Num espaço luxuoso Curtindo todas
baladas: Corpos "belos" na piscina A gastar adrenalina: Nesse mar de
palhaçadas. Se a intenção da Globo É de nos
"emburrecer" Deixando o povo demente Refém do seu poder: Pois saiba que
a exceção (Amantes da educação) Vai contestar a valer.
A você, Pedro Bial Um mercador da ilusão Junto a poderosa Globo Que
conduz nossa Nação Eu lhe peço esse favor: Reflita no seu labor E
escute seu coração. E vocês caros irmãos Que estão nessa
cegueira Não façam mais ligações Apoiando essa besteira. Não deem sua
grana à Globo Isso é papel de bobo: Fujam dessa baboseira.
E quando chegar ao
fim Desse Big Brother vil Que em nada contribui Para o povo
varonil Ninguém vai sentir saudade: Quem lucra é a sociedade Do nosso
querido Brasil. E saiba, caro leitor Que nós somos os
culpados Porque sai do nosso bolso Esses milhões desejados Que são
ligações diárias Bastante desnecessárias Pra esses
desocupados. A loja do BBB Vendendo só
porcaria Enganando muita gente Que logo se contagia Com tanta
futilidade Um mar de vulgaridade Que nunca terá valia.
Chega de vulgaridade E apelo sexual. Não somos só futebol, baixaria
e carnaval. Queremos Educação E também evolução No mundo
espiritual. Cadê a cidadania Dos nossos educadores Dos
alunos, dos políticos Poetas, trabalhadores? Seremos sempre enganados e
vamos ficar calados diante de enganadores?
Barreto termina assim Alertando ao
Bial: Reveja logo esse equívoco Reaja à força do mal. Eleve o seu
coração Tomando uma decisão Ou então: siga, animal.
FIM
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